Cuidado!
O Jaquim, da minha terra, foi ao baile da paróquia. A água
estava fresca, os refrigerantes não lhe fazem bem à diabetes… Resolveu-se mesmo
com a vinhaça.
E tão resolvido se resolveu que se emborrachou… só um
pouquito. Deve ter sido o último copo, porque os anteriores não fizeram nada
daquilo.
Tomou o caminho de casa, um pouco cambaleante. A estrada
teimava em desacertar com os passos dele. Pensou para consigo que deveria ser
da vasilha meio cheia, meio vazia… fazia adornar a carga.
Eis que repentinamente lhe deu uma aflição na bexiga e, não
vendo melhor local, começou, logo ali, a mudar a água das azeitonas.
Por pouca sorte, passava, por ali uma beata (também ela
ébria, mas de fel, que houvera bebido em algum sermão do padre Inácio).
Desenho do Memphis |
A carrancuda beata, virando a cara, com um olho aberto e o
outro fechado (pensando para si se ficar ceguinha é só de um dos olhos),
resmungou profunda:
- Eh! Grande animal!
O Jaquim, cambaleou, respirou fundo, e disse solene:
- Passe, minha senhora. Passe à vontade. Não tenha medo que
eu estou a segurá-lo com as duas mãos
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