terça-feira, 21 de abril de 2020


Um doido Varrido

Para quem não sabe, o que possa ser mais provável encontrar sob um singelo tapete de um manicómio (diga-se, plenos foles, que a mesma coisa que em qualquer das nossas casas ou do nosso próprio templo interior), fiquem sabendo que nem mais nem menos que:
- Sim! Um doido varrido.
Cortesia de um Amigo (Obrigado)
Foi disso que, o Jaquim, da minha terra, foi encontrar a esmo, quando por lá passou (pelo manicómio!). Encontrou ele, pois, desde doidos varridos a doidos menos doidos, a doidos engenhosos e até doidos com cheiro apurado, como aquele que corria pelos corredores enfiando o dedo no “fiofó” (no cu para quem não perceber), e gritava em altos brados:
- Senhor doutor, estou podre, senhor doutor… Estou completamente podre!
Foi assim que, o Jaquim, conheceu a história magna de um certo tolo que tinha a mania de caçar passaritos com uma fisga… Ora vejam lá a quantidade de gente que anda por aí a caçar pássaros e fêmeas, e ninguém os interna!!! Vejam lá…
Pois, esse inveterado, a cada vez que a reinserção o abeirava, tentava de sua sorte vencer os muros do redil onde o tinham misturado com insanos profissionais do “psiquiatrismo”.
- Então pá, se te deixarmos sair o que farás da tua vida?
- Vou trabalhar, ganhar dinheiro…
- E que mais?
- Depois compro elásticos e faço uma fisga, para ir aos pássaros…
- Não, ainda não estás curado, volta para dentro.
Nova tentativa e muitas outras e histórias semelhantes, e o sujeito afinou o discurso:
- Se me deixarem sair, vou trabalhar, depois arranjo namorada, depois caso-me.
- Muito bem, vejo que estás no bom caminho. E filhos, vais querer ter filhos?
- Não. Na noite de núpcias, tiro as cuecas da gaja, fujo com elas, e com os elásticos faço uma fisga e vou aos pássaros…

Sem comentários:

Enviar um comentário